Na ponta da língua e do dedo. Devaneios, críticas e reportagens.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Gancho

Calma, não vou falar sobre golpe de luta ou objeto que sirva para prender. Muito menos falarei sobre suporte para telefones ou suspensão no futebol.
Sim, tudo que disse acima é sinônimo de gancho, mas hoje o gancho é outro.
Você já deve ter percebido que quando chega o 11 de setembro chovem reportagens relembrando a tragédia dos ataques terroristas que deixaram cerca de três mil civis americanos mortos. Também deve ter notado que quando há uma morte cheia de peculiaridades, como foi o caso Isabela Nardoni, outra parecida surge nos noticiários.
Seja por uma data que leve a um fato, ou por um fato que leve a outro fato, todos são considerados GANCHOS JORNALÍSTICOS.
Esses ganchos poupam tempo aos jornalistas que não precisam procurar pautas "inéditas".

Deixarei a questão datas um pouco de lado, afinal ninguém quer perder as matérias de saúde do verão, ou deixar de saber qual o pisca-pisca mais bonito do Brasil, ou mesmo aquelas ensinando a sambar, na época que precede o Carnaval...

A intenção hoje é desmistificar a idéia que muitos têm de que mortes ou fatos extraordinários aconteçam todos ao mesmo tempo ou que, por exemplo, exista uma bruxa solta nos tetos das igrejas evangélicas. Em tempo, houve a queda de outro teto e foi noticiada.
E talvez cairá mais um (Deus que os protejam) e será noticiado outra vez.
O fato é que os assuntos serão esgotados ao máximo, até o gancho não ser mais pertinente. Simplificando, até o público ficar de saco cheio. Foi assim com a Isabela e com a "Isabela similar", jogada de uma outra janela, e será desta forma até o público desvendar a lorota contata pelos veículos de comunicação.
Não se iludam, não pensem que a queda de um raio no mesmo lugar é inédita. E também não fiquem com medo de ir à igreja. A possibilidade de o teto cair é bem remota.

Um comentário:

  1. Muito interessante a postagem.
    Você está treinando para dar aula.
    rs

    Abraço!

    ResponderExcluir